Quem não Deve não Teme

Este escrito pretende ser uma dentre milhões de manifestações de brasileiros contra a corrupção.

Quem Não Deve Não Teme
Qualquer dos políticos envolvidos ou passíveis de ser indiciados na Operação Lava Jato, como, por exemplo, o titular do governo baiano de 2007 à 2010, poderia se sentir feliz com tão tremenda possibilidade de ser definitivamente vindicado com a prova de isenção de qualquer suspeita de corrupção ou de comportamento inidôneo referente ao petrolão ou outro pesadelo da espécie.
Isto é quanto à sina de cada um dos políticos sendo indiciados. Está em jogo, também, os prejuízos e sofrimentos causados ao povo pela corrupção perpetrada pelos possíveis sacripantas. Possivelmente uma parcela significativa do povo brasileiro ainda não tem um claro discernimento sobre o profundo estrago que a corrupção impõe ao funcionamento do governo, pelas distorções provocadas na gestão, no planejamento, e notadamente nas finanças. A corrupção atua como um câncer no organismo político-econômico da comunidade.
Pode-se argumentar ser plausível submeter-se os oito anos do governo à avaliação judicial especial. Pelo que pude aquilatar durante o período em que estive dentro do governo como Secretário de Estado, de setembro de 2009 à março de 2010, ocorrências de claro perfil corrupto forçosamente chegaram à minha percepção. Ao enfrentar aquelas situações, verifiquei que, ali, a moralidade ainda tinha o poder, mas não tinha a força ou os meios para dominar as persistentes teias da corrupção.
A corrupção foi facilitada por uma, digamos, “Pax Baiana”, montada durante os oito anos do governo, que castrou a oposição através dos seguintes dispositivos : (1º) cooptação do quadro político remanescente do império de ACM, e (2º) neutralização das oposições internas do PT baiano e aliados. Veja-se como exemplo da “Pax Baiana”, a de facto submissão da Assembleia Legislativa ao governo (executivo) naquele período.
Um poderoso esquema de comunicação, incluindo-se milionária propaganda governamental, dava a sensação, dentro do governo, de se estar vivendo sob a égide das famosas CIA dos EUA, ou da SS de Hitler, ou da KGB da União Soviética, ou do SNI da ditadura de 1964, excluindo-se, felizmente, a famosa prática de eliminação física dos desacreditados.
Este poder de comunicação poderia ter sido usado para identificar e controlar (eliminar) o fluxo de corrupção que seguia com desenvoltura. Isto não foi feito.
Portanto consideremos que seja melhor para a democracia que o último governo (2007 – 2014), e outros semelhantes, sejam submetidos ou acedam a um procedimento de limpeza póstuma, feito por processo tipo Operação Lava Jato, ou equivalente. Quem não deve não teme!
Agora o novo governo da Bahia tem a oportunidade, a chance, de priorizar a implantação de política de tolerância zero com a corrupção.
“En passant”, brindemos à “Operação” por já estar contribuindo com o aprimoramento da estética, esta prima da moral, na vida nacional.
Eduardo Lacerda Ramos
Professor Universitário;
Ex Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação – SECTI/Bahia.
elramos@atarde.com.br
Site: www.eduardolramos.com.br

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