VI Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Dr. Eduardo Lacerda Ramos – Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação

Durante esta semana de 19 a 25 de Outubro de 2009, estamos mobilizando a população, especialmente crianças e jovens, através de atividades como exposições, demonstrações, palestras, observações, distribuições, mostras, atendimentos, vivências, dinâmicas, exibições, e oficinas, tratando-se de Ciência, Tecnologia e Inovação. José Ingenieros afirma que basta uma geração de jovens, estudiosa e atuante, que expressem inteligentemente o “vir a ser”, para dar a seu povo personalidade no mundo. A juventude se desenvolve intelectual e moralmente com a experiência do trabalho científico que consiste na investigação da verdade; e “as ciências são sistemas de verdade cada vez menos imperfeitos”. “As ciências são o resultado de uma milenária colaboração social, em que se combinaram infinitas experiências individuais”.

O Ministério de Ciência e Tecnologia institucionalizou a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia a partir de 2004. Na Bahia este evento é realizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI) do Governo do Estado da Bahia. Devemos considerar a realização da Semana de Ciência e Tecnologia como um dever cívico, desde quando a incorporação do conhecimento científico e tecnológico à vida nacional é condição sine qua non para que a nação capture a oportunidade que o novo milênio já começou a lhe apresentar.

Este desafio nos coloca na vanguarda da história imediata ou do atual momento histórico, quando haverá mudança no padrão tecnológico do porte ou maior que a ocorrida após a segunda guerra mundial.

O trabalho concatenado das áreas de atuação representadas pelas diversas Secretarias e demais órgãos dos Governos Estadual e Federal, está mudando a Bahia, de tal forma que este Estado poderá assumir as iniciativas de desenvolvimento econômico e social, como uma grande locomotiva do Nordeste do Brasil. Estamos progredindo no sentido de superar os atuais indicadores sócio-econômicos herdados de uma história de cinco séculos da sociedade latina americana formada no contexto do colonialismo europeu, do coronelismo brasileiro e do capitalismo selvagem.

Neste contexto o desenvolvimento científico e tecnológico liderará o processo histórico de inserção da sociedade brasileira no mundo globalizado, ao tempo em que participará do processo de construção de uma sociedade mais justa.

Os indicadores do potencial científico e tecnológico mostram que a Bahia e o Brasil, nos âmbitos interestadual e internacional, respectivamente, precisam superar as assimetrias que caracterizam seu atraso. Por exemplo, o Brasil investe (per capita) dez vezes menos em pesquisa e desenvolvimento do que os Estados Unidos, Cingapura, Japão e Alemanha; o número de cientistas e engenheiros por milhão de habitantes é 400 no Brasil, 200 no México, 800 na China, 4000 na França e 7500 na Finlândia.

No longo prazo, são desenvolvimentos como a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia que vão modificar os atuais valores desses indicadores, e alavancar a cultura e o potencial científico e tecnológico nacional.

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