Terceira Mensagem de Copenhague

Eduardo Lacerda Ramos – Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia

18 de Dezembro de 2009

O debate e as preocupações sobre aquecimento global e mudança climática galvanizaram todo o pensamento humano sobre sobrevivência num pequeno espaço (Bella Center, Copenhague) e num tempo curto (7 a 18 de Dezembro de 2009). Confesso que a energia intelectual, humana, era imensa no Bella Center. Espero que minha carga dure até Dezembro de 2010 quando a conferência será no México. Continue lendo “Terceira Mensagem de Copenhague”

Segunda Mensagem de Copenhague

Eduardo Lacerda Ramos – Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia

15 de Dezembro de 2009

À -1º C, Copenhague está pegando fogo.

Ameaça de 100 mil militantes invadirem o Bella Center (local dos trabalhos da Conferencia) mostra o clima de tensão em Copenhague. Este pode ser explicado pela disputa por espaço/oportunidade para se expressar e influenciar nas decisões. Realmente, pouco espaço é disponível para argumentos além dos que já estão assentados nas palavras dos governos e das corporações modernas. A representação das pessoas (bilhões que sofrem dos azares do aquecimento global) fica praticamente no âmbito dos grupos de manifestantes que acorrem de dezenas de países e de algumas ONGs. Como exemplo, da representação dos pesos pesados, temos a Unida – União Nacional da Indústria de Cana e Açúcar, dizendo que “é a maior organização que representa os setores de açúcar e etanol” e que fala e age no Brasil e ao redor do mundo, da parte dos produtores líderes de açúcar, etanol e bioeletricidade; suas 110 empresas associadas representam 60% do etanol e do açúcar no Brasil: A UNICA, portanto, pode falar grosso em qualquer lugar do mundo, inclusive em Copenhague. Continue lendo “Segunda Mensagem de Copenhague”

Primeira Mensagem de Copenhague

Eduardo Lacerda Ramos – Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia

14 de Dezembro de 2009

Em Copenhague está-se pensando e decidindo sobre o futuro do homem na terra.

O modelo de sustentabilidade que se está propondo e construindo desde 1982 através de encontros, conferências, convenções e protocolos internacionais, bem como a definição dos objetivos do milênio, e agora em Copenhague, envolve as seguintes proposições:

  1. Os destinos do homem e do planeta são inseparáveis;
  2. O atual modelo de civilização está sendo questionado porque revela não ter podido reconciliar os objetivos econômicos, sociais e ambientais da civilização e da sociedade;
  3. O desenvolvimento requer um enfrentamento conjunto das questões da pobreza, do meio ambiente e do progresso social;
  4. A conquista da sustentabilidade requer:
    1. Desenvolver uma nova ética de convivência social à nível global;
    2. Mudança nos padrões de produção e de consumo pela criação de mecanismos tecnológicos, políticos, legais e institucionais, que significarão uma mudança no paradigma de sustentabilidade.

O momento que estamos vivenciando em Copenhague é tenso e dramático devido ao alerta do aquecimento global e à progressão das emissões de CO2 sustentada pelo aumento da demanda de energia em 60 por cento nos próximos dez anos.

A impaciência dos grupos militantes aqui em Copenhague está bem retratada no slogan de um dos grupos: “Políticos falam – Lideres agem”.